Título: Os Doze
Autora: Justin Cronin
Editora: Arqueiro
Número de páginas: 592
Classificação: ★★★★★
– Sinopse –
Em A Passagem, doze prisioneiros sentenciados
à morte foram usados em um experimento militar que buscava criar o soldado
invencível. Mas a experiência deu terrivelmente errado. Um vírus inoculado nas
cobaias acabou com qualquer resquício de sua humanidade e elas fugiram, matando
ou infectando qualquer um que cruzasse seu caminho. Os infectados se tornavam
virais obedientes a seu criador, mais um de seus Muitos.
No
caos que se formou, a única chance de sobrevivência para a espécie humana eram
fortificações altamente protegidas. Assim se formou a Primeira Colônia, um
reduto a salvo dos virais, mas isolado do resto do mundo.
Noventa
e dois anos depois, uma andarilha surgiu às portas da Colônia. Era Amy Harper
Bellafonte, a Garota de Lugar Nenhum, aquela que iria liderar um grupo de
colonos e eliminar a cobaia número 1, Gilles Babcock, libertando seus Muitos.
Agora,
cinco anos após ter cruzado as Terras Escuras em busca de respostas e salvação,
seu grupo está separado. Cada um seguiu seu caminho, mas seus destinos logo
voltarão a se cruzar, num embate definitivo contra uma ameaça mortal. Fanning,
o Zero, aquele que deu origem ao apocalipse, tem planos para refazer o grupo
dos Doze e conta com um aliado poderoso, disposto a qualquer coisa em nome da
própria imortalidade.
Segundo
livro da trilogia A Passagem, Os Doze nos faz questionar a mente humana, os
avanços científicos e a busca do poder que leva a uma certeza sombria de nossa
capacidade para o mal. Mas, acima de tudo, ele reforça nossa esperança em uma
humanidade que se adapta, sobrevive e não se rende.
De 2010 pra cá, passei a namorar um livro. A Passagem me conquistou primeiramente
pela capa. E quando li a sinopse... foi uma surpresa. Infelizmente, o livro era caro e sempre
passava outro mais barato ou em conta na frente. Ano passado, com a parceira da
editora Arqueiro/Sextante com o blog, resolvi pegá-lo e não me arrependi. Esse
ano, a continuação da trilogia foi lançada e não me controlei e peguei.
– Resenha –
Os Doze é primeiramente um livro de fé.
Ele mostra a capacidade do humano, até onde chegamos em busca do que queremos,
como lutamos até a morte por nossos princípios e como a vida pode ser tanta uma
salvação, quanto uma ruína.
O
livro começa com uma narração bíblica, uma espécie de guia dos eventos que se
iniciaram com o Ano Zero (início da epidemia e da criação dos Virais). Devo
admitir que gostei dessa introdução, pois nos faz crer que a estória não é
apenas um conto de fadas, mas o relato de um milênio.
Somos
introduzidos a personagens corajosos, estranhos e engraçados. A seu modo,
Justin Cronin conseguiu criar pessoas cativantes que nos fazem ansiar por sua
aparição no próximo capítulo.
Amy,
a Garota de Lugar Nenhum ganha mais destaque na obra, ainda desolada nesse
mundo pós-apocalíptico. Temos mais explicações sobre os Virais e a história de
outros personagens que aparecem no primeiro livro.
Em tese, o livro se passa cinco anos após o primeiro, onde
cada um dos protagonistas decidiu seguir em frente ou não com suas respectivas
vidas. O final não é tão surpreendente quanto o segundo, mas acho que fez jus.
Apesar de não ter sido tão elaborado nas últimas páginas, é um livro lindo. Devo
admitir também que pensei em mais mortes. O autor talvez tenha se agarrado
demais aos personagens – e mesmo não querendo admitir, um drama de morte é
(quase) sempre bom.
Outra coisa que não gostei foi a mudança de capas e o jeito
que os dois livros ficaram na minha prateleira. Sei que pode ser besteira, mas
isso torna um pouco chato, pois teve uma mudança bem pesada na
diagramação – que é bem legal por dentro, com cenas da lavoura e
vários de trechos de Shakespeare, etc.
Não se deixe abater pelo número de páginas do primeiro
(816) e do segundo (592). Se trata de uma obra incrível e surpreendente.
– Quotes –
“Enquanto você lembra de uma pessoa, ela não
se vai de verdade. Seus pensamentos, seus sentimentos, suas lembranças se
tornam uma parte de nós.”
“O céu é isso... é abrir a porta de uma casa
no crepúsculo e todo mundo que você ama estar lá.”
– Por Paulo Sergio.
Pra falar a verdade eu sempre namorei a passagem na livraria, mas nunca comprei pelos mesmos motivos que você. Porém, depois de ler sua resenha de Os doze estou morrendo de vontade de comprar os dois para poder lê-los.
ResponderExcluirBjs,
Samira
http://spoiledonbooks.blogspot.com.br/
Fiquei um bom tempo de olho em A Passagem, nele e em Tempest, mas até agora não consegui nenhum dos dois. Nem sabia que já havia Os Doze. Tenho que me apressar um pouco rsrsrs
ResponderExcluirterradefagulhas.blogspot.com