Título: Uma Longa Jornada
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Arqueiro
Número de páginas: 368
Classificação: ★ ★ ★ ★ ★
Sinopse: Aos 91 anos, com problemas de saúde e sozinho no mundo, Ira Levinson sofre um terrível acidente de carro. Enquanto luta para se manter consciente, a imagem de Ruth, sua amada esposa que morreu há nove anos, surge diante dele. Mesmo sabendo que é impossível que ela esteja ali, Ira se agarra a isso e relembra diversos momentos de sua longa vida em comum: o dia em que se conheceram, o casamento, o amor dela pela arte, os dias sombrios da Segunda Guerra Mundial e seus efeitos sobre eles e suas famílias.
Perto dali, Sophia Danko, uma jovem estudante de história da arte, acompanha a melhor amiga a um rodeio. Lá, é assediada pelo ex-namorado e acaba sendo salva por Luke Collins, o caubói que acabou de vencer a competição.Ele e Sophia começam a conversar e logo percebem como é fácil estarem juntos. Luke é completamente diferente dos rapazes privilegiados da faculdade. Ele não mede esforços para ajudar a mãe e salvar a fazenda da família. Aos poucos, Sophia começa a descobrir um novo mundo e percebe que Luke talvez tenha o poder de reescrever o futuro que ela havia planejado. Isso se o terrível segredo que ele guarda não puser tudo a perder.Ira e Ruth. Luke e Sophia. Dois casais de gerações diferentes que o destino cuidará de unir, mostrando que, para além do desespero, da dificuldade e da morte, a força do amor sempre nos guia nesta longa jornada que é a vida.
Esse foi o
único que livro que superou todos os meus conceitos. Então, ele foi o melhor
livro que li nos últimos tempos.
Não há
objeções, controvérsias ou pontos negativos. Um livro inteira e completamente
perfeito. De certo modo, sou suspeita em relatar sobre livros do Nicholas
Sparks e aposto que quando eu mencionar a próxima fase, diversas pessoas
deixarão de ler o post.
Chorei rios
e mares nesse livro. Mas quero que entendam que não foi de tristeza. Nicholas é muito sensível mesmo quando é
breve.
O livro se
inicia com um senhorzinho, Ira, acidentado – em algum ponto relatarei meu amor
por esse personagem. De início fiquei chocada e chateada, imaginando: “Como uma história de amor ocorrerá com um
senhor à beira da morte e perdido no meio do nada?”
Ele começa a
falar sobre sua história, nos passar conselhos de seus pais e o amor que sabia
que sua mãe sentia por ele. Depois, passa a falar sobre seu amor por Ruth, sua
falecida esposa.
Devo
salientar que tentava fugir ao máximo das partes de Ira, ao menos no início. Os
capítulos se invertem nas visões dos três personagens: Ira, Luke e Sophia.
Ira, o
senhorzinho apaixonado por sua esposa falecida, Ruth.
Sophia, uma
jovem cursando o último ano de sua faculdade, que acabou de romper um
relacionamento com o namorado que lhe traíra.
E Luke, um
caubói que guarda um segredo.
Os dois
últimos destinos se cruzam em uma noite. Sophia decide sair para se divertir,
porém se sente perseguida por Brian, o namorado traidor. Ela tenta escapar do
mesmo à procura de ar fresco. Avista ao longe um homem solitário, mas desvia a
atenção para nada em particular.
Brian chega
e tenta se entender com Sophia que se sente apavorada. Quando as coisas começam
a ficar desesperadoras, Luke intervém, mesmo que contra sua própria vontade.
Ambos se
sentem encantados pelo outro e mesmo que de forma preguiçosa e tímida, se submetem
a um relacionamento de amor e encanto.
Isso ocorre
quatro meses antes do acidente de Ira, então, enquanto isso, nos situamos no
amor que Ira sentia por Ruth.
A mesma
surge no carro, ou ao menos seu fantasma. O mesmo surge, ao longo do livro, em
várias idades: 16, 20, 30 e 40 anos.
Foi a partir
de pontos como esses, quando Ruth ajudou Ira a se manter vivo, que me apaixonei
pelo velhinho e que me apaixonei pelas passagens do mesmo. Não queria que
terminassem nunca, pois a cada palavra que se passava, me via apaixonada por
ele e real e profundamente entendendo seu amor por Ruth.
Me
identifiquei em alguns pontos da história, chorei antes mesmo da metade do
livro, mas como mencionei, não de tristeza. Mas sim por uma emoção
incompreensível que senti pelas atitudes de Ira quando jovem para com Ruth.
Não
acompanhamos a história de ambos em tempo real, só depois, quando Ruth lhe
empurra as memórias é que enxergamos a história.
É Ruth quem
lhe salva e até mesmo o amor que ela sente pelo mesmo.
Há muitas
revelações e momentos que devem ser vistos com um olhar maduro.
Devo dizer
que nunca me identifiquei com nenhum personagem masculino romântico. Sou o tipo
de leitora que gosta dos bad-boys como Patch, Cameron e Jace. Gosto do Maxon,
de A Seleção? Sim, mas não tanto quanto a paixão que sinto por Patch.
Nicholas,
como sempre, conseguiu me causar esse amor.
Me apaixonei
por Ira, pela forma como fora construído, pela sua pureza e bondade.
Não posso
contar muito mais, caso contrário, estarei lhes entregando o segredo do livro.
O que posso
dizer é que Luke e Ruth, ao longo dos anos casados, acabaram por colecionar uma
enorme quantidade de obras de arte de pintores que vieram a fazer sucesso anos
depois.
"Entendo que o amor e a tragédia andam de mãos dadas, porque não podem existir sozinhos, mas ainda assim me pergunto se a troca é justa. Acho que um homem deveria morrer como viveu; em seus últimos momentos, deveria estar cercado e ser confortado por aqueles a quem sempre amou." Pág., 217.
Eles
compravam os quadros sem saber que os mesmos se tornariam valiosos. Ou que os
pintores seriam tão consagrados. Afinal, Ira só fizera aquilo pela forma como
sua esposa ficava maravilhada com a arte e pela forma como ela se alterou
quando ele lhe deu quadros – em uma incrível surpresa – durante a lua de mel de
ambos.
Aquilo se
tornou um hábito e rotina deles. Colecionar quadros que marcassem determinadas
viagens ou momentos.
Agora,
voltando a Luke, o que posso dizer é que o mesmo sofreu um terrível acidente
durante uma montaria. Ao menos, até certo ponto da história, é o que ele revela
para Sophia, eu pensei: “Uau, que
segredo, hein?”. Achei-o fraco e me dei conta de que não havia tudo
naqueles fatos.
A mãe de
Luke, Linda, era geralmente ranzinza com o filho. De início fiquei intrigada,
depois a entendi, que mãe não ficaria em seu lugar?
Linda está
para perder a fazenda da qual é dona há anos e Luke quer ajuda-la montando,
coisa que Linda não aprova de fato. Sophia não entende, mas passa a entendê-lo
depois de uma discussão.
O perdoa,
mas só retorna para ele se o mesmo parar de montar.
É nesse
ponto da história que as coisas ficam interessantes.
Ira
insistindo que as obras de arte não lhe interessam tanto e que espera que as
pessoas entendam. É tudo o que ele
quer. Ao passo que Luke só quer ajudar a mãe com a fazenda, mesmo fazendo
coisas que ela não entenda.
Bom... já
dei muita dica e já dei a entender que esses destinos se cruzarão em algum
momento.
Alguém já
leu? O que acharam do livro?
E, ah,
fiquei tão feliz quando vi que logo após a adaptação de “O Melhor de Mim” esse
livro “Uma Longa Jornada” também foi adaptado! Ou seja... teremos a maravilhosa
histórias nas telonas.
Beijos e até
o próximo post!
Por: Jé Silva.
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