Título: O Voo da Libélula
Autor: Michel Bussi
Editora: Arqueiro
Número de
páginas: 399
Sinopse: Na noite de 23 de dezembro de 1980, um avião cai na fronteira entre a
França e a Suíça, deixando apenas uma sobrevivente: uma bebê de 3 meses. Porém,
havia duas meninas no voo, e cria-se o embate entre duas famílias, uma rica e
uma pobre, pelo reconhecimento da paternidade.
Numa época em que não existiam exames de DNA, o julgamento estende-se por midentidade.uito tempo, mobilizando todo o país. Seria a menina Lyse-Rose ou Émilie? Mesmo após o veredicto do tribunal, ainda pairam muitas dúvidas sobre o caso, e uma das famílias resolve contratar Crédule Grand-Duc, um detetive particular, para descobrir a verdade.
Dezoito anos depois, destroçado pelo fracasso e no limite entre a loucura e a lucidez, Grand-Duc envia o diário das investigações para a sobrevivente Lylie e decide tirar a própria vida. No momento em que vai puxar o gatilho, o detetive descobre um segredo que muda tudo. Porém, antes que possa revelar a solução do caso, ele é assassinado. Após ler o diário,
Em O Voo da Libélula, o leitor é guiado pela escrita do detetive enquanto acompanha a angustiada busca de uma garota por sua
– Resenha –
Tudo começou com uma troca.
Vocês sabem como é (vocês leitores vorazes como eu =]) quando as pessoas pedem
a sua lista de livros que quer de presente para o seu aniversário. Tudo para
não correr o risco de ganhar um livro repetido. Pois é, mas nesse caso nem
assim deu certo. Mesma lista, pessoas diferentes e boom! Você ganha o mesmo
livro ¬¬
O tempo de troca era curto e eu
precisei varrer a livraria na hora à procura de outro. Foi assim que dei de
cara com O voo da libélula. A sinopse me deixou intrigada. Uma investigação de
18 anos de duração! E em uma época em que não tínhamos os recursos de hoje.
Parecia um verdadeiro quebra-cabeça.
Um
acidente que muda totalmente a vida de um ser indefeso. Quando o Airbus 5403
cai violentamente sobre o Mont Terrible durante uma nevasca não se consegue
pensar em outra maneira de o pequenino bebê ter sobrevivido se não por um
milagre. O corpo de uma menininha de 3 meses é encontrado próximo o suficiente das
chamas da aeronave para ter se mantido aquecido. Uma pequena libélula
arremessada do enorme avião antes de se formar apenas uma massa de engrenagens
incendiada. Logo ela estava estampada em todos os jornais.
Após diagnosticarem que a bebê
estava fora de perigo, a única sobrevivente daquele acidente terrível poderia
voltar para sua casa, para sua família, aliviar um pouco a dor de seus entes
queridos, ser amada, crescer e um dia ter uma grande história de vida para
contar. Porém aí estava o grande mistério. Para qual casa a pequenina deveria
voltar?
Inusitadamente duas bebezinhas
da mesma idade estavam à bordo do trágico voo Istambul-Paris. Os pais de ambas
estavam mortos. A sobrevivente estava órfã e sem identidade.
Seria ela a rica Lyse-Rose de
Carville? Ou a pequena era Émilie, a descendente da humilde família Vitral?
Dezenas de advogados se envolveram no caso. Os Carville podiam pagar pelos
melhores, mas foram os Vitral quem ganharam o coração do público e muitos ofereceram
seus serviços por compaixão.
O julgamento se arrastou por
meses e o destino da pequena Lylie, como ficou conhecida (Lyse-Rose +Émilie),
ficava cada vez mais incerto. A menina não poderia ser criada em um hospital
até completar 18 anos! Ainda mais quando duas famílias brigavam por ela. Algo
precisava ser feito rapidamente ou a vida daquele bebê seria afetada para
sempre.
Mesmo com a grande riqueza e
influência dos Carville, é a família Vitral quem acaba com a guarda da menina.
As características pendem para o seu lado, mas nem a Nicole Vitral poderia ter
certeza absoluta de que a pequena que tinha sido entregue em suas mãos era
mesmo sua neta. Ninguém poderia ter essa certeza, talvez nunca.
Pouco tempo mais tarde, Mathilde
de Carville, a outra avó, contrata Crédule Grand-Duc, detetive particular. Seu
objetivo? Descobrir a verdade. Seu tempo? 18 anos. Seu pagamento? 100 mil
francos por ano.
Dezoito anos se passaram e o que
Grand-Duc descobriu? Nada. Nadinha. Nenhuma prova consistente da identidade de Lylie.
Pelo menos não até o dia em que seu prazo expira. Louco, o detetive decide
acabar com a própria vida, já que o dilema não possuía solução. Meticulosamente
ele organiza sua casa e se prostra diante da antiga edição do L´Est Républicain
com a foto de sua pequena libélula logo após ser encontrada no local do
acidente. Porém, antes da bala sair do revólver e estourar seus miolos algo lhe
chama atenção. A última peça do quebra cabeça. A resposta pela qual ele
procurou por todos aqueles 18 malditos anos estava bem diante dos seus olhos.
Infelizmente antes de revelar a
verdade que todos esperam, Grand-Duc é assassinado em seu apartamento por
Malvina de Carville, a irmã mais velha de Lyse-Rose. O que ela não esperava era
que o detetive já houvesse enviado seu caderno de anotações para Lylie no dia
anterior.
Após ler todas as anotações de
Grand-Duc, Lylie fica atordoada e toma uma decisão. Ela tem um objetivo a
cumprir e precisa ser sozinha. Ou em dupla. Lyse-Rose e Émilie, como sempre
foi. Duas em uma.
Antes de ir ela deixa o caderno
com seu “irmão”, Marc Vitral (que também é apaixonado por ela...). Marc está no
centro do furacão e é o único capaz de resolver aquele mistério de uma vez por
todas.
Quem era Lylie? Para onde ela
tinha ido? Quem matou Grand-Duc? A morte de seu avô foi um acidente ou um crime?
Essas e outras perguntas giravam na cabeça de Marc, além da ameaça de Malvina
de Carville em seu encalço.
O livro é dividido entre cenas
atuais e as anotações de Crédule Grand-Duc. Ficamos divididos entre as falas do
detetive, Lylie, Marc, Nicole, Mathilde, Malvina, uma dona de bar, uma cuidadora
de idosos, uma aeromoça, uma esposa à procura do marido... O tempo todo somos
jogados em um cenário diferente, através de uma visão diferente. Sempre que
achamos que estamos perto de decifrar o enigma, um novo mistério surge.
Prontos para descobrir a
identidade da Libélula?
Super indico para os fãs de um
bom suspense e investigação. ;)
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