Título: Transcendente.
Autora: Shay Savage
Número de páginas: 312
Classificação:
Sinopse:
Diz-se
que as mulheres e os homens são de dois planetas diferentes quando se trata de
comunicação, mas como eles podem superar os obstáculos de tempos
pré-históricos, quando um deles simplesmente não têm a capacidade de
compreender a linguagem?
Ehd é
um homem das cavernas vivendo sozinho em um deserto áspero. Ele é forte e
inteligente, mas completamente sozinho. Quando ele encontra uma bela jovem em
sua armadilha, é óbvio para ele que ela é para ser sua companheira. Ele não
sabe de onde ela veio; ela está vestindo alguma roupa muito estranha, e ela faz
um monte de barulhos com a boca que lhe dão uma dor de cabeça. Ainda assim, ele
está determinado a cumprir o seu propósito na vida - sustentá-la, protegê-la e
colocar um bebê dentro dela.
Elizabeth
não sabe onde ela está ou exatamente como ela chegou lá. Ela está confusa e
aflita por sua situação, e há um homem das cavernas arrastando-a de volta a sua
caverna. Ela não está interessada em todos os avanços primitivos de Ehd, e ela
simplesmente não consegue fazê-lo ouvir. Não importa o que ela tenta, em seu
ponto de vista esse primitivo, mas bonito, homem é uma constante e muitas vezes
hilariante luta.
Com
apenas um ao outro como companhia, eles devem confiar um no outro para lutar
contra os perigos da vida selvagem e se preparar para os meses de inverno. Na
luta para coexistir, eles se tornam uma história de amor que transcende a
linguagem e o tempo.
Resenha
Um livro que de 100% tem apenas 10% de diálogo deveria ser um livro muito estressante, afinal, que graça tem um livro em que seu personagens mal falam um com o outro? Doce engano, porque nunca li um livro como esse.
Alguns leitores gostam de livros com uma escrita direta, fluida, e sem muita enrolação. Já outros, gostam de se perder nos mínimos detalhes descritos pelos autores, como decorações, pessoas, roupas, paisagens, casas, carros e muitos outros que dão um toque especial a cena. Transcendente consegue gradar ambos os gostos. No começo, achei que não iria conseguir ler, porque não tem conversas nele, quase nenhuma, e ele é escrito do ponto de vista do Edh, em sua maioria, com exceção do epilogo.
Alguns leitores gostam de livros com uma escrita direta, fluida, e sem muita enrolação. Já outros, gostam de se perder nos mínimos detalhes descritos pelos autores, como decorações, pessoas, roupas, paisagens, casas, carros e muitos outros que dão um toque especial a cena. Transcendente consegue gradar ambos os gostos. No começo, achei que não iria conseguir ler, porque não tem conversas nele, quase nenhuma, e ele é escrito do ponto de vista do Edh, em sua maioria, com exceção do epilogo.
A descrição é bastante autoexplicativa, Edh é um homem das
cavernas, literalmente, que viveu sozinho por muito tempo, depois de perder a
única tribo que conheceu. Aprendeu a se virar e se manter. Acostumado a estar sozinho e prover alimento e segurança só para si, enfrenta muitos desafios quando encontra Beh, que é sua companheira tão esperada, mas não exatamente o que ele idealizava. A Jovem que ele encontra em umas das suas armadilhas é linda, mas faz barulho demais, chora demais, e não quer saber dele nem pintado.
Quando mostra para ela todas as suas posses, sua caverna, sua madeira empilhada, traz comida e água, fica frustrado com Beh, que trata tudo com indiferença ou então chora. Ele faz de tudo para agrada-la e convence-la de que não existe companheiro melhor que ele, mesmo tendo suas duvidas de que ele é o certo para ela, pois mantem o triste pensamento de que Beh pode pertencer a outro macho, e que apenas se perdeu de sua tribo. Sem se dar por vencido, exceto quando leva um soco no nariz, (o que é um cena muito engraçada porque ele fica arrasado quando a Beh bate nele, e nem dói, mas ele acha que o soco foi uma rejeição) ele trava uma -ou dez- batalha por dia, para alimentar ambos e manter Elizabeth com ele, ensinando ela a pescar, recolher grãos e armazenar alimento para os meses de inverno.
A natureza de Edh é bem clara, ele deve alimentar sua companheira, protege-la e colocar um bebê dentro dela, o que para ele, é essencial. Mas quando percebe que Beh não vai deixar que ele faça isso, ele faz de tudo para apaziguar a mulher que só sabe gritar e ficar zangada toda vez que ele chega perto dela com segundas intenções. Tolera todo o barulho dela, faz suas vontades e até toma banho nas águas frias de um rio próximo a caverna, por mais que deteste, tudo para deixar Beh feliz.
A natureza de Edh é bem clara, ele deve alimentar sua companheira, protege-la e colocar um bebê dentro dela, o que para ele, é essencial. Mas quando percebe que Beh não vai deixar que ele faça isso, ele faz de tudo para apaziguar a mulher que só sabe gritar e ficar zangada toda vez que ele chega perto dela com segundas intenções. Tolera todo o barulho dela, faz suas vontades e até toma banho nas águas frias de um rio próximo a caverna, por mais que deteste, tudo para deixar Beh feliz.
Depois de muitas confusões e dores de cabeças, Edh faz de Beh sua companheira em todos os sentidos da palavra, e novos problemas aparecem. Entre javalis, outros machos farejando no seu quintal, e aprender a conviver com sua companheira, Edh nos conta uma linda estória, de um homem de poucas palavras, mas, muito inteligente e com um coração enorme que se apaixona a primeira vista pela mulher que estava destinada a ser dele, mesmo sendo de um mundo diferente do seu. Ao fim da sua incrível jornada, ele não poderia ser mais grato, e não mudaria uma virgula porque sem os tempos ruins, ele não poderia ter aproveitado tão plenamente o tempo com sua Beh.
Transcendente é envolvente do início ao fim, e compensa a falta de diálogos com: momentos engraçados, uma perspectiva diferente sobre o relacionamento entre homem e mulher, e ensinando os costumes de uma cultura perdida.
Vai te fazer suspirar, chorar e te comover.
Vai te fazer suspirar, chorar e te comover.
Escrito por: Evellin Monteiro.
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