Cenas fofinhas
de todos juntos.
Valeu a pena esperar quase dois anos pela segunda
temporada de Sense8, para ver novamente os oito homo sensoris na tela da
netflix, acompanhar suas aventuras, desventuras, romances e problemas, tudo
junto e jogado em um calderão maluco de Sci Fi, que às vezes nos deixa
perdidos, mas que a todo momento nos encanta.
Há um salto de tempo entre a segunda e a primeira
temporada de provavelmente um ano, nos é apresentada novamente cada um dos
sense8 e nos é mostrado nas entrelinhas como cada um passou esse tempo (ou
seja, não tem aquela tela bonita com a frase: após um ano, como acontece nas
novelas do globo). Não me prenderei nesta crítica a dar detalhes da temporada,
até mesmo para evitar spoilers, por isso abordarei de maneira geral cada
situação trazida pela trama.
A trama central gira em torno dos Sense8 que dão
nome ao seriado, eles conseguiram escapar do sussurros (personagem
orquestradamente interpretado por Terrence Mann, tive
ódio do homem, e vontade de bater nele não faltou ) na primeira temporada, e
agora nesta segunda temporada partem para saber mais sobre o que é o Homo
Sensoris ( como os sense8 se denominam cientificamente ) e para saber mais
sobre a organização chamade de OPB ( organização de Preservação biológica
) tudo isso enquanto lidam com seus
dramas e fantasmas pessoais ).
Ahhh vontade
dar na cara desse vilão fdp.
Enquanto assistia a segunda temporada estava
tão envolvido com os Sense8 que gritava sempre que algo dava certo para eles, a
conectividade, a empatia, a ligação invisível que uni todos nós seres humanos é
colocada de maneira tão bela e poética ( e erótica) na tela, que é impossível
não torcer por eles, ver cena após cena, eles lidarem com os mais diferentes
tipos de problemas, que vão desde a dependência de drogas a miséria, me fez
torcer mais e mais por eles.
Temos cenas recheadas de ação, com a
personagem da Sun Bak
(Doona Bae), do Wolfgang Bogdanow
(Max Riemelt) e do Will Gorski
(Brian J. Smith) descendo a porrada nos caras maus, têm novamente aquelas
cenas que são possíveis apenas nos filmes como por exemplo a Nomi
Marks (Jamie Clayton) hackeando semáforos e câmeras de
segurança do outro lado do mundo, a inteligência da farmacêutica Kala Dandekar (Tina Desai) que
nos é mais uma vez apresentada em uma cena muito bacana envolvendo um tiroteio
num estacionamento, a luta contra o preconceito de Lito Rodriguez (Miguel Ángel
Silvestre) com a cena mais bonita da
temporada (ao meu ver) dele discursando na Parada Gay em São Paulo, a
estranheza (embora linda) da Riley Blue
(Tuppence Middleton) cujo considero a mais corajosa de todos os Sense8 e por
fim o personagem do Capheus "Van Damme" Onyongo
Toby Onwumere, meu sense8 preferido(gostei muito desse novo ator, o outro da
primeira temporada saiu do seriado por “diferenças criativas” com diretora Lana Wachowski) que é o mais idealista e
ingênuo de todos (um adendo, tem uma cena do ator fazendo café da manhã de
cueca que vou lhe contar, acho que as moliéres e alguns rapazes também(!), suspiraram
pelo ator, que mais parece uma jeba de homão da porra).
A cena mais linda da Segunda Temporada.
Eita seriado pra ter festa.
Bem, nem tudo são flores, então vamos lá as críticas do
seriado: existe uma grande chance das irmãs ( sim, sei que eles eram conhecidos
como irmãos Wachowski, mas vamos lembrar que os dois fizeram
cirurgias de troca de sexo e são ambos transexuais agora ) deixarem a série
cair na breguisse, falando apenas de amor e temas polêmicos na nossa sociedade
e perdendo um pouco a mão, como fizeram no duvidoso destino de júpiter.
Outra
crítica que considero razoável fazer é a de que Sense8 gasta muito tempo nos
mostrando a ligação deles em festas, sim, isso mesmo, em festas, tem festas
demais nessa bagaça o que impacta diretamente no final. E por ultimo, sem dar
nenhum spoilers, o final da temporada, o ponto alto acontecesse rápido demais,
tive a sensação que gastaram muito tempo em festas e momentos que poderiam ser
ignorados, e faltou tempo para o
desenrolar da trama final.
Sense8 não é perfeita, mas amo os diálogos
cafonas, a ligação com filmes que marcaram minha infância ( sim, para quem não
reparou a série é recheada de saudosismo, tendo dezenas de referências pop),
gosto muito da temática Sci Fi, e da maneira como ela é usada em sense8 para
discutir temas polêmicos dá um sabor mais especial ainda, por fim, dou nota 7.0
para a segunda temporada de Sense8 ( ou 8.5 se usar a emoção )
Por: Paulo Vinicius
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