Título: ANNE With an “E”
(baseada nos livros de Lucy Maud Montgomery).
Direção: Niki Caro.
Roteiro: Moira
Walley-Beckett.
Elenco: Amybeth McNulty,
Lucas Jade Zumann, Christian Martyn, Helen Johns, R. H. Thomson, Geraldine
James, Dalila Bela, Hélene Robitaille, David Ingram, Corrine Koslo, Aymeric
Jett Montaz.
Emissora: Netflix, CBC
Television.
Gênero: Drama.
Número de episódios: 7.
Sinopse: Uma pequena confusão
leva a órfã Anne Shirley para Green Gables, a fazenda dos irmãos Matthew e
Marilla Cuthbert, que esperavam adotar um menino.
Para começo de conversa, eu
quero comentar sobre essa sinopse completamente desinteressante! Se você for um
assinante da Netflix, já deve ter percebido o quanto as descrições são sem
graça, com todo o respeito. Se assim como eu, uma pessoa não conhecia sobre a estória
de Anne Shirley antes dessa adaptação, ouso dizer que essa sinopse é
completamente insuficiente no quesito “chamar a atenção”. Evitei ela por dias
depois de ler a descrição. Não me entenda mal, não estou pedindo por spoilers,
jamais! Meu único desejo é que eles usem
um pouco mais de imaginação na hora de escrever esses pequenos, minúsculos textos
que deveriam ser instigantes, e nos fazer crer que essa série vai ser o nosso próximo
vício!
Depois de zapear pelo conteúdo
de nossa amada Netflix, resolvi abrir o primeiro episódio de Anne With An “E”
´só para ver como era, acreditando que não chegaria nem mesmo na metade da metade
do episódio sem desistir. Imaginem o meu espanto quando percebi que assistir 89
minutos com a sensação de ter sido apenas 30! Depois do play eu não consegui
largar o computador antes de assistir os três primeiros episódios, e com muita
dificuldade, devo admitir. Se não fosse as obrigações da manhã seguinte, acho
que teria assistido aos sete de uma vez só.
Mas chega de falar sobre o que
eu achei da série, e vamos aos meus argumentos para convencer você a
assisti-la.
Como primeiro argumento, uso o
elenco. Cheio de rostos novos ou poucos conhecidos (ao menos para mim), com
bons jovens talentos e alguns mais experientes. Amybeth (Anne) não poderia deixar de
ser o destaque simplesmente por ser fabulosa. Sua interpretação de Anne é
cativante e passa uma certa identificação, quem afinal não se sentiu em desacordo
com si mesmo aos treze anos? Apesar da idade da protagonista a série cabe perfeitamente
em todas as faixas etárias acima dos 12, porque mesmo sendo uma adolescente Anne
tem infelizmente mais experiência de vida do que cabe a sua idade. Esse fato é
bem explorado na série, seja positiva ou negativamente.
Como segundo argumento eu uso
os irmãos Cuthbert. Mattew e Marilla interpretados respectivamente por R. H.
Thomson e Geraldine James. Os dois já em avançada idade, estão acostumados a
conviver apenas um com o outro, e toda a adaptação pela qual passam com a
chegada de Anne é por vezes hilária. Marilla é a que mais tem dificuldades
para se tornar próxima de Anne no começo, pois eles não esperavam ser pais, mas
sim tutores de um menino que deveria ajudar Mattew na fazenda. Mas quando quem chega é uma menina, os planos mudam e a forma de criar a criança adotada também,
pois para Marilla, uma menina jamais poderia ajudar com o trabalho da fazenda e
é justamente isso que faz com que ela relute em manter Anne.
Meu terceiro argumento: a
amizade. Anne tem uma personalidade peculiar e controversa para a época em que
vive. Seu amor por leitura, declamar poemas e contar apaixonadamente histórias
sobre princesas e guerreiras não é exatamente sedutor para as possíveis novas
amizades. Mas com sorte ela encontra Diana Barry (Dalila Bela), uma garota de família
rica que é doce, gentil e verdadeiramente disposta a ser amiga de Anne mesmo cm
todas as suas excentricidades. A amizade das duas enfrenta vários percalços mas
se mantém firme, e ajuda Anne a se encaixar na comunidade.
O quarto argumento é o romance.
Todos os moradores de Green Gables têm seus amores secretos. Marilla e Mattew convivem
com o que poderia ter sido se seus amores da juventude não tivessem sido
deixados de lado por causa familiar. E Anne luta para negar seus sentimentos pelo cobiçado Gilbert Blythe (Lucas Jade Zumann). Tudo é bastante inocente e comovedor,
porque as reações dela ao perceber que pela primeira vez está gostando de alguém
são engraçadas e exasperantes ao mesmo tempo.
Se você assistir a primeira
temporada, se prepare para um final frustrante, para dizer o mínimo.
O enredo é excelente, mais
termina no pior momento possível! Me dá uma dor só que pensar que a segunda
temporada pode (e provavelmente vai) ser lançada apenas no próximo ano. Aparentemente
vou ser obrigada a buscar esses livros porque não vou aguentar tanto tempo.
Ignore a sinopse
desinteressante e dê uma chance a Anne Shirley, se você for fã de estórias de época,
essa serie pode ser para você. Se você não é, bem, nunca é muito tarde para
começar a ser.
Aqui embaixo vou deixar a abertura da série, para ver se ela desperta mais interesse que a sinopse.
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