Autor: Vitor Martins
Editora: Globo Alt
Número de páginas: 208
Sinopse: Felipe está esperando esse momento desde que as aulas começaram: o início das férias de julho. Finalmente ele vai poder passar alguns dias longe da escola e dos colegas que o maltratam. Os planos envolvem se afundar nos episódios atrasados de suas séries favoritas, colocar a leitura em dia e aprender com tutoriais no YouTube coisas novas que ele nunca vai botar em prática. Mas as coisas fogem um pouquinho do controle quando a mãe de Felipe informa que concordou em hospedar Caio, o vizinho do 57, por longos quinze dias, enquanto os pais dele não voltam de uma viagem. Felipe entra em desespero porque a) Caio foi sua primeira paixãozinha na infância (e existe uma grande possibilidade dessa paixão não ter passado até hoje) e b) Felipe coleciona uma lista infinita de inseguranças e não tem a menor ideia de como interagir com o vizinho. Os dias que prometiam paz, tranquilidade e maratonas épicas de Netflix acabam trazendo um turbilhão de sentimentos, que obrigarão Felipe a mergulhar em todas as questões mal resolvidas que ele tem consigo mesmo.
“Mas, mesmo passando tanto tempo comigo mesmo, eu nunca tirei um tempo pra descobrir coisas que me fazem feliz. Acho que eu sempre me mantive tão ocupado tentando não ficar mal, que eu acabei esquecendo de tentar ficar bem.”
Sabe aquele livro fofo, que dá um quentinho no coração e te deixa sorridente? Se você tá procurando um assim, achou! :)
Felipe,
nosso personagem principal, quem narra a história, é um adolescente gay
muito inteligente, divertido e inseguro. Ele é nerd, adora ler,
maratonar séries e também assiste vários filmes com sua mãe. As férias
de julho chegaram e ele descobre que seu vizinho, seu crush, vai ficar 15 dias em sua casa, pq os pais vão viajar e não querem deixá-lo sozinho.
Sim,
ele surtou com a notícia. E a gente acompanha esses 15 loucos dias. E é
maravilhoso ver a evolução dos personagens, principalmente de Felipe,
em apenas 15 dias.
“ — A mãe dele é doida — eu digo baixinho. — Todas as mães são, Felipe. Está na nossa genética. É difícil não ficar doida depois que um ser humano sai de dentro de você.”
Eu
fiquei apaixonada pelos personagens. O livro é curto, tem umas 200
páginas, mas você se sente amigo de todos os personagens. E eles são bem
construídos, também. Dá uma saudade deles depois que acaba…
Aliás,
falando em personagens…sabe o Felipe, super legal, que narra a história
e tal…? Então, ele é gordo. Duvido que você imaginou um personagem
gordo. Eu já tinha falado a parte do ‘gay’ então, sim, o livro lida com
homofobia. Mas também tem gordofobia, e achei muito lindo o modo que o
autor colocou o tema.
“Eu gosto de crianças. Porque elas são capazes de enxergar um herói onde ninguém vê nada de mais.”
Felipe
já começa o livro falando sobre ser gordo, como se fosse sua principal
característica. Mas temos outra personagem gorda na história. E Felipe
só descobre que ela é gorda quando se encontra com ela. A reação dele é
“pq eu não imaginei uma menina gorda quando ouvi todas as outras
características dela?”
Esse
livro é uma história muito fofa sobre amizade e autoaceitação. Com
personagens muito reais. Arrisco dizer, inclusive, que no final da
leitura você também pode começar seu próprio processo de autoaceitação.
Enfim…
já deu pra notar que é mais do que recomendado, né? Pra finalizar, veja
esse vídeo do autor. E chore por causa de panquecas.
Eu amo esses livros que deixam o coração quentinho...E pensar que pela sinopse eu não achei nada de mais...
ResponderExcluir