Resenha: A Grande Rainha - As Brumas de Avalon #4 | Marion Zimmer Bradley

Título: A Grande Rainha - As Brumas de Avalon #4
Autor:  Marion Zimmer Bradley
Editora: Imago
Número de páginas: 239
Classificação: 
Sinopse: A Senhora da Magia, A Grande Rainha, O Gamo-Rei e O Prisioneiro da Árvore são os quatro volumes que compõem As Brumas de Avalon - a grande obra de Marion Zimmer Bradley -, que reconta a lenda do rei Artur através da perspectiva de suas heroínas.
Guinevere se casou com Artur por determinação do pai, mas era apaixonada por Lancelote. Ela não conseguiu dar um filho e herdeiro para o marido, o que gera sérias conseqüências políticas para o reino de Camelot. Sua dedicação ao cristianismo acaba colocando Artur, e com ele toda a Bretanha, sob a influência dos padres cristãos, apesar de ser juramento de respeitar a velha religião de Avalon.
Além da mãe de Artur, Igraine e de Viviane, a Senhora do Lago que é a Grande Sacerdotisa de Avalon, uma outra mulher é fundamental na trama: Morgana, a irmã de Artur.
Ela é vibrante, ardente em seus amores e em suas fidelidades, e polariza a história com Guinevere, constituindo-se em a sua grande rival. Sendo uma sacerdotisa de Avalon, ela tem a Visão, o que a transforma em uma mulher atormentada.
Trata-se, acima de tudo, da história do conflito entre o cristianismo, representado por Guinevere, e da velha religião de Avalon, representada por Morgana.
Ao acompanhar a evolução da história de Guinevere e de Morgana, assim como dos numerosos personagens que as cercam, acompanhamos também o destino das terras que mais tarde seriam conhecidas com Grã-Bretanha.
As Brumas de Avalon evoca uma Bretanha que é ao mesmo tempo real e lendária - desde as suas desesperadas guerras pela sobrevivência contra a invasão saxônica até as tragédias que acompanham Artur até a sua morte e o fim da influência mítica por ele representada.
Igraine, Viviane, Guinevere e Morgana revelam através da história de suas vidas e sentimentos a lenda do rei Artur, como se ela fosse nova e original.



                                                – Resenha –





“Têm razão os que a chamam de Morgana das Fadas. O Povo Antigo não poderia ter melhor advogado.”

Eu quero destacar novamente como os personagens de Marion são honestos e verdadeiros… Não há heróis e vilões, todos fazem coisas certas e erradas o tempo todo, todos são humanos, todos são deuses, todos podem ser qualquer coisa.

Vou começar, de novo também, com Morgana. Pois ela realmente é uma personagem maravilhosa. Aqui ela ficou tão sábia… viu todos seus erros, reconheceu eles e soube conviver com isso. Eu gostei tanto do final dessa personagem!

“Então comecei a perceber que minha briga nunca fora com Cristo mas com seus padres tolos e mesquinhos que confundiam sua própria estreiteza com a grandeza d’Ele.”

O respeito de Marion com as religiões é muito legal. Pois ela não está criticando o cristianismo, nem o paganismo, nem a religião da Deusa, nem nada disso…ela simplesmente está dizendo que todas as religiões são essencialmente idênticas, em sua origem e também objetivo. Buscamos a mesma coisa, o que muda é o modo de buscar.

“É melhor ficar apenas com o mal, ou, quando o mal está feito e não há mais conserto, tomar o que de bom pode advir do mal?”

Ainda estou digerindo o final, e ele foi surpreendente. Recomendo fortemente a série, pois Marion soube muito bem como fisgar o leitor até chegar ao grande e emocionante final. E o desenvolvimento dos personagens é maravilhoso, é muito bom ver personagens sendo coerentes consigo mesmos.







Comente com o Facebook:

Nenhum comentário:

Postar um comentário