Título original: Nevesta
Gênero: Terror
País: Rússia
Diretor: Svyatoslav
Podgayevskiy
Roteirista: Svyatoslav
Podgayevskiy
Elenco: Victoria
Agalakova, Vyacheslav Chepurchenko, Aleksandra Rebenok, Igor Khripunov, Natalia
Grinshpun, Marina Alhamdan, Miroslava Karpovich, Yevgeny Koryakovsky
Classificação:
Sinopse:
Nastya (Victoria
Agalakova) é uma jovem mulher que viaja com seu futuro marido para a casa da
família dele. Logo após chegar, ela percebe que a visita pode ter sido um erro
terrível. Rodeada por pessoas estranhas, ela passa a ter visões horríveis à
medida que a família do seu futuro esposo a prepara para uma tradicional
cerimônia de casamento eslava.
Assistindo ao trailer
do filme, fiquei animada com o tom sombrio apresentado, remetendo aos clássicos
dos filmes de terror, associado à possível introdução do toque da tradição
eslava, ao qual não estamos acostumados no mercado cinematográfico ocidental.
Primeiramente, devo
dizer que a premissa do filme realmente se mostrou inovadora, apresentando uma
introdução histórica não vista anteriormente em outros filmes do gênero, com um
começo sólido, assim como a interessante abordagem dada com alusões a certas
tradições russas.
O visual do filme
também chama bastante atenção, sendo sombrio de forma apelativa, sem, no
entanto, se mostrar exagerado, aumentando o clima de suspense e terror do
filme.
Mas apesar destes elementos
que prometiam um filme assustador e de trama envolvente, ele deixou de
cumprir o que prometia no trailer e nas cenas iniciais, recaindo várias vezes
em clichês que tanto se vê em diversas produções de terror.
Com o passar da trama
me peguei “contando” todas as vezes que me deparei com estes clichês, como a
apresentação de um jovem casal apaixonado, assim como uma protagonista ingênua,
que nunca sabe o que acontece, aceitando cegamente o desenrolar dos
acontecimentos, e sempre se colocando em situações perigosas; e também, com a
apresentação - pouco desenvolvida - de uma família estranha e cheia de
mistérios.
Outro aspecto pouco
atrativo do filme, que embora não faça parte da trama, se mostrou uma distração
indesejável, é a dublagem em inglês, que mesmo não sendo totalmente grosseira,
diversas vezes não bate com a forma como os atores estão falando, constituindo, em várias cenas, um elemento quase cômico, com certeza não previsto pelos
responsáveis pelo filme
.
.
Muitos acontecimentos
essenciais para a trama se mostraram ao final, sem lógica, ligados às
ações dos personagens, quando comparados a certas passagens anteriores, ou
deixados sem explicação, o que simplesmente demonstra que suas utilidades eram
somente as de se enquadrar no trajeto da trama e levar ao final que era
desejado.
O filme cumpriu certos
pontos visuais, e possivelmente serviu ao objetivo de nos levar a certas situações
de tensão (que esperamos dos filmes de terror) e expectativa, no entanto ele
recaiu nas armadilhas do gênero, e falhou no desenvolvimento da sua trama que
tanto prometia, deixando vários “plot holes”, e, ultimamente, decepcionando a
expectativa que foi criada no expectador.
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