Crítica | X-men: Fênix Negra

Título original:  X-Men : Dark Phoenix
Diretor: Simon Kinberg
Elenco: Sophie Turner, Jessica Chastain, 

Jennifer Lawrence, James McAvoy, Michael Fassbender, Evan Peters e etc.
Gênero: Ficção científica,adaptação de quadrinhos.
Notinha: 7/10

Sinopse:

1992. Os X-Men são considerados heróis nacionais e o professor Charles Xavier (James McAvoy) agora dispõe de contato direto com o presidente dos Estados Unidos. Quando uma missão espacial enfrenta problemas, o governo convoca a equipe mutante para ajudá-lo. Liderado por Mística (Jennifer Lawrence), os X-Men partem rumo ao espaço em uma equipe composta por Fera (Nicholas Hoult), Jean Grey (Sophie Turner), Ciclope (Tye Sheridan), Tempestade (Alexandra Shipp), Mercúrio (Evan Peters) e Noturno (Kodi Smit-McPhee). Ao tentar resgatar o comandante da missão, Jean Grey fica presa no ônibus espacial e é atingida por uma poderosa força cósmica, que acaba absorvida em seu corpo. Após ser resgatada e retornar à Terra, aos poucos ela percebe que há algo bem estranho dentro de si, o que desperta lembranças de um passado sombrio e, também, o interesse de seres extra-terrestres.


CRÍTICA
Existem mudanças drásticas até, mas de alguma forma a temperatura não sobe, o coração não dispara e a sala segue em silêncio o que sempre soará  estranho se tratando de um blockbuster.

Antes de iniciar a crítica, sinto que devo dizer algumas palavras sobre essa franquia querida por tantos, e sendo eu cria dos anos 90 cresci assistindo X-men <3!!! Eu tinha 7 aninhos quando o primeiro foi lançado lá em 2000 a quase 20 anos atrás, e tenho ainda grande carinho junto a minha geração (e OUTRAS!rs) pelas histórias e personagens adaptados. A uns filmes/personagens mais que outros claro! haha

Dito isso quero dizer que quando li a uns anos atrás que teria um filme solo para uma das personagens mais interessantes dos X-men a Jean Grey/Fênix Negra fiquei bastante animada gratuitamente, não sabíamos muito o que esperar e tão pouco em que período trariam para as telonas, após ser apresentados aos X-men mais novos com histórias do passado deles, que se entrelaçavam e explicavam coisas dos filmes "adultos" o público se encantou novamente pela franquia a partir de X-men - Primeira Classe (2011) e isso deu a Fox um mundo inteiro de possibilidades e num caminho de erros e acertos tem dado ao público mais histórias sobre esses mutantes épicos e humanos também, claro que não poderia deixar de mencionar algo que sempre me chamou a atenção que é o quão humanizados tipo gente como a gente são as motivações e jornadas desses heróis. É algo muito importante que pontuar e também faz a gente pensar em como isso deveria refletir a nossa própria sociedade humana real por assim dizer, porque a grande bandeira dos X-men desde o princípio é a busca por aceitação das diferenças, respeito e amor algo intrinsecamente nosso.

Então cá estamos no início dos anos 90 com os remanescentes da primeira classe liderando os mais jovens incluindo a estrela do filme Jean Grey em missões que buscam restaurar e selar de uma vez por todas a paz entre humanos e mutantes, temos alguns flashes da chegada da mini Jean no Instituto Xavier (como eu falei vi todos os filmes então existe um erro temporal entre as idades mostradas da Jean quando ela conhece o Professor Xavier, nada grave mas que poderia ter sido evitado).

 A aparição de Mística me fez bem feliz porque eu amo muito a Jennifer Lawrence e quando ela anunciou que aposentaria sua personagem eu lamentei, mas o foco não é ela e chega ser estranho ver tantos atores mais talentosos perdendo o foco para uma novata, mas acho que é assim que funciona Hollywood. Então como a sinopse deixa bem claro, acontece esse acidente em que a Jean é exposta a uma substância estranha que lhe dá muito mais poder do que qualquer mutante e como Charles mesmo diz "a mente de um telepata é muito frágil" a da Jean em especial sempre foi instável e ela nunca aprendeu a controlar na sua integralidade seus poderes e isso causa danos irreversíveis ao time, é tudo que posso dizer, eu não sei como é a atuação da Sophie Turner em Got, apenas porque nunca nem vi um episódio mas desde que entrou para a franquia a atuação dela parece apenas ok, algo que eu posso apenas descrever como insuficiente e inexpressiva. Não sei se é a dificuldade em ocultar o sotaque britânico ou uma incapacidade em se sentir confortável no papel mesmo, porque eu amo demais a personagem e o mais foda sobre ela é toda a sua complexidade com seus poderes incríveis e ao mesmo tempo a insegurança que ela tem em como saber usá-los da melhor forma sem ferir ninguém e todas essas camadas a Sophie definitivamente não soube entregar, o filme gira muito em torno disso e infelizmente desaponta também nesse aspecto pois não avança. Parece um filme que precisou ser feito porque tinha que cumprir uma agenda, tinham a grana e um elenco disposto porque honestamente não é que seja um filme ruim nem nada, é algo estranho na verdade, porque está tudo ali, tem cenas boas de ações, uma história (que não é lá inédita no cinema, mas falo melhor sobre isso depois), tem personagens que o público AMA, o diretor e roteirista esteve por trás também de muitos outros filmes desse universo e essa soma toda deveria ser o suficiente para algo extraordinário né? Aí que a gente se engana, tem todos esses fatores mas talvez falte algo que nem tô sendo capaz de colocar em palavras, falta aquele apelo emocional que move as multidões a pegarem longas filas nos cinemas, talvez isso talvez qualquer outra coisa inominável, honestamente não vou me ater e tentar dizer o que claramente falta nesse filme. O que é um fato e isso vocês podem atestar por si próprios indo aos cinemas a partir do dia 06/06/19 quinta-feira é que está tudo como supostamente deveria estar e mesmo assim não parece certo.

A Jessica Chastain é talvez a grande novidade no filme, sua personagem mantida a sete chaves é pouco expressiva por razões explicadas no filme e apesar de me empolgar com a participação de uma das atrizes mais talentosas da atualidade me pareceu que seu talento (ironicamente) não foi bem aproveitado em tela, shame on you Simon!

Quem assistiu X-men confronto final (2006) pode enxergar várias semelhanças com Fênix Negra e deve, pois é a mesma história só que contando a partir de lugares diferentes entre tantas outras mudanças, só não o diretor/roteirista que é o mesmo. Confesso que o que acontece em confronto final para mim foi beeem mais chocante e assustador do que os que trouxeram para Fênix, existem mudanças drásticas até, mas de alguma forma a temperatura não sobe, o coração não dispara e a sala segue em silêncio o que sempre soará  estranho se tratando de um blockbuster.

Então eu quero dizer feliz aniversário a franquia que eu sempre vou amar, são 19 anos com histórias incríveis e personagens maravilhosos e mesmo com esse último filme com sabor agridoce no meu coração cinéfilo sempre vai haver espaço para meus mutantes!

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