Diretor: Maurício Farias.
Elenco: Andréa Beltrão, Valentina Herszage, Stella Miranda, Gabriel Leone, Marco Ricca, Danton Mello e Daniel Boaventura.
Gênero: Cinebiografia / Drama.
Notinha: 7,5 /10
Sinopse:
Hebe Camargo (Andréa Beltrão) se consagrou como uma das apresentadoras mais emblemáticas da televisão brasileira. Sua carreira passou por diversas mudanças ao longo dos anos, mas foi durante a década de 80, no período de transição da ditadura para a democracia, que Hebe, ao 60 anos, tomou uma decisão importante. A apresentadora passou a controlar a própria carreira e, independentemente das críticas machistas, do marido ciumento e dos chefes poderosos, se revelou para o público como uma mulher extraordinária, capaz de superar qualquer crise pessoal ou profissional.
CRÍTICA
Cinebiografia de uma das personalidades mais amadas e queridas que esse país já teve, a irreverente Hebe Camargo foi um montão de coisas ao longo da sua longa carreira mas a de apresentadora sem dúvidas foi a que mais se destacou e é basicamente no período de retomada da democracia e como os novos ventos alçados pela experiente apresentadora sofreram com todo tipo de censura dentro e fora de casa que o filme retrata.
A decisão criativa e do roteiro foi de retratar apenas esse período pós ditadura com enfoque nas dificuldades que a Hebe passou em conseguir manter seu programa ao vivo como queria, com "seu jeitinho", falando sobre os temas que lhe interessassem inclusive críticas aos nossos políticos que não é de hoje dão ao povo brasileiros motivos para reclamar e a mudança de emissora ( da bandeirantes para ao sbt). Eu senti falta de mais vida e obra sabe? Gostaria de ter visto o início da carreira, como conseguiu completar mais de quarenta anos de carreira nos anos 80, um pouco também dos bastidores, tipo a relação delas com as pessoas que entrevistava e se tornavam amigos (li isso em algum lugar), mas por outro lado gostei muito de ver como ela enfrentou as tentativas de silenciá-la e até ameaça de ser presa por apenas expressar a sua opinião, e relação de respeito e carinho que tinha para com sua equipe e público, o imenso amor pelo filho único Marcelo e me surpreendi muito com o relacionamento abusivo e violento com o ex-marido.
Eu realmente esperava um pouco mais do roteiro, apenas porque sei apesar de não a fundo que a vida de Hebe Camargo é ainda mais rica do que escolheram mostrar, então apesar de entender que decisões artísticas como essas são tomada,s pois é necessário eu não achei das mais inteligentes se me permitem dizer (mas aí cada um assiste e tira as próprias conclusões).
A melhor coisa nesse filme é a interpretação da Andréa Beltrão pois não é caricatural apesar dos trejeitos já conhecidos por nós, está mais para o nível de uma homenagem mesmo e isso é bem legal de ver, uma talentosa artista em vida homenageando outra que já partiu desse plano.
Apesar dos problemas claros no roteiro que interferem com toda a qualidade do filme de um modo geral a Andréa segura o filme todo e faz valer o ingresso!
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