Resenha: O Menino na Ponte | M. R. Carey


Título:O Menino na Ponte
Autor: M. R. Carey
Editora: Fábrica231

Sinopse: Aos 15 anos, Stephen Greaves é um gênio científico precoce, cujo trabalho pode dar à humanidade sua melhor arma contra uma praga devastadora que assola o mundo. Ele e a epidemiologista Samrina Khan são dois dos dez tripulantes do Rosalind Franklin, um laboratório blindado sobre rodas liderado por um comandante prepotente e autoritário, que cruza uma terra devastada em busca da cura para esse vírus que alterou para sempre a vida como conhecemos. A viagem é longa, e a restrição do espaço físico para toda a tripulação faz com que a tensão do confinamento seja também uma ameaça considerável. O veículo torna-se um caldeirão de diferentes agendas, crenças e visões de mundo prestes a explodir. Em meio a esse ambiente hostil, Stephen tem em Samrina uma figura maternal que o protege dos demais cientistas, que o tratam com cautela, desprezo ou verdadeiro ódio. Mas o menino não se importa com confrontos físicos, mentiras e incertezas; encara todos os seus desafios com interesse, astúcia e muita habilidade. Todos carregam aspirações e sonhos, mas sabem que, se tudo der errado, sua perda poderá ser suportada. Eles sabem muito bem que são dispensáveis. Estranho, surpreendente e assustador, O menino na ponte é uma história emocionante e poderosa que fará você questionar o que significa ser humano em um mundo onde a esperança pode ser o maior dos desafios. M.R. CAREY, sob o nome de Mike Carey, escreve para a Marvel e a DC, incluindo uma elogiada passagem pelos X-Men e a série Lúcifer, baseada no universo de Sandman. Seus trabalhos autorais aparecem com regularidade na lista de ficção gráfica do The New York Times."

Resenha

Aqui está um livro que comecei a ler sem dar muito crédito, e que me conquistou. Gosto de livros de ficção científica (e terror), ainda mais com "zumbis. Só por isso já achei que valia a pena a leitura. "O menino na ponte" é um livro bem denso, mas não é cansativo. Nesta história, um micro organismo afeta os seres humanos, transformando-os em Famintos. 

Pessoas sem consciência e coordenação motora, guiados pelo único instinto de se alimentar. A esperança dos sobreviventes é encontrar uma possível cura, e o livro trás uma equipe de cientistas e militares, que estão nessa missão. Lá temos várias personalidades diferentes, e a mais interessante é a de Stephen Graves. Um adolescente extremamente inteligente, que pode ser o responsável por uma grande descoberta.

Como comentei, este livro é denso, mas muito intrigante. Ele trás zumbis (os Famintos), mas tem toda uma pegada SciFy. A ciência está bem interligada a tudo o que acontece ali, então tudo é bem conectado, e realmente parece algo que poderíamos vivenciar. 

Ele parece trazer um tema clichê, mas consegue tornar a história única. Apesar de o livro não focar profundamente em nenhum dos personagens (com exceção de Stephen), temos a oportunidade de conhecer um pouco da maioria deles, e o que passa pela cabeça de cada um. Temos as mais diferentes interações, com temas como amor, amizade, lealdade, ambição e a busca por uma solução que impeça o fim da raça humana.

É um livro sério, mas ainda assim gostoso de ler. Stephen é um personagem complexo, ainda mais para a idade, e a mente dele é uma coisa única de se acompanhar. 


A história é bem montada, sem falhas, e se desenrola de uma forma tão natural, e você fica se perguntando o que virá a seguir, porque uma ação vai levando a outra. Em determinados momentos você quer bater em um personagem, porque ele coloca tudo a perder, e no momento seguinte você simpatiza com ele. Alguns personagens são superficiais, mas há outros que te conquistam, e você torce para tudo dar certo no final. 

O final é esperado, mas ao mesmo tempo surpreendente. E você termina com uma sensação de que valeu muito a pena a leitura, e que gostaria de ver mais.

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