Para começar, devo dizer que não sou assim tão fã da
franquia 007. Gosto de assistir aos filmes como forma de entretenimento, mas não
fico ansiosa para ver cada filme que lança. Eventualmente sempre acabo
assistindo, mas sempre sinto que é um pouco: mais do mesmo. Um novo vilão e o
incrível James Bond o derrotando. Sou bem chata principalmente com carros
voando, motos subindo paredes, milhões de tiros trocados e nenhum toca o
alecrim dourado enquanto ele mata todos os inimigos (que estão usando colete)
com um único tiro de pistola, usando uma blusinha colada e suspensório.
Deixando de lado tudo isso que vemos na maioria dos filmes
de ação, vamos ao que interessa:
Sabemos que esse é o filme de despedida do Daniel Craig como
James Bond, e nos é dado quase 3 horas de filme para que seja realmente um
adeus. Achei o filme um pouco longo, mas é honrável. Acredito que por esse
motivo, seja o James Bond na sua forma mais vulnerável e emotiva e Craig conseguiu
nos passar exatamente esse sentimento do personagem. A vulnerabilidade de ter
sido substituído e o reencontro com o passado, não só amigos, inimigos, mas
amores também. Só acho que as coreografias de lutas podiam ter sido um pouco
mais bem exploradas. Estou sendo cri cri? Talvez.
Ainda sobre atuações, quando vi que o Rami Malek (vencedor
de melhor ator no Oscar 2019) estava no filme, fiquei bem ansiosa, pois fã
(rsrs). Mas ele demora tanto tempo para aparecer, que pensei que tinha visto
errado. Mas ele aparece, e sua atuação não decepciona em momento algum. Frio e
calculista, Remi Malek dá a pele do novo antagonista da franquia 007, que tem
suas ambições e motivos para utilizar de uma arma biológica para acabar com a
humanidade, bem parecido com vejamos... Thanos em Vingadores: Guerra Infinita.
Desculpa, mas eu só pensei nisso. Por fim, não sei se é porque queria vê-lo
mais na tela, mas achei pouco tempo de cena para o antagonista, principalmente
levando em conta o tamanho do filme.
Quero destacar também a atuação da maravilhosa da Lashana
Lynch como a nova 007 após a aposentadoria de Bond, (será que eu amei uma
mulher negra como a agente com mais destaque na Agencia de Inteligência
Britânica?). Ela está fantástica, belíssima. Mas queria um destaque maior,
inclusive mais cenas em que ela e o James Bond estivessem juntos, pois certamente
formaram uma excelente dupla.
O roteiro do filme não me foi tão convincente. Não senti que
foi um plano tão bem elaborado, a lá Cassino Royale, esperava um pouco mais,
principalmente sendo o fim de uma era. Mas queria deixar um apreço especial para
Phoebe Waller-Bridge que participou do roteiro e deixou a sua marca nas tiradas
de humor. As piadas, de muito bom tom, foram o ponto alto dos diálogos.
A direção de Cary Joji
Fukunaga não deixa a desejar. A sequência de cenas é muito bem elaborada e
conversa bastante com a fotografia magnífica, cheia de frames que nos faz
lembrar os outros filmes da franquia. Acho que isso marcou bem o objetivo de ciclo
fechado.
Por fim, quero fazer um
destaque pelo quesito que eu mais estava esperando: A trilha sonora. Todos os
filmes da franquia do James Bond, principalmente com Daniel Craig como
protagonista, nos presenteiam com uma música fantástica com uma direção de arte
na abertura simplesmente fenomenal. A música da vez foi interpretada pela
Billie Eilish e composta por ela e Finneas
O'Connell: “No Time to Die”. Estava com expectativas altíssimas e com
certeza, foram alcançadas. Senti arrepios e não consegui tirar os olhos da
tela. Para mim, a melhor parte do filme.
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