Título original: Little Mermaid
Direção: Rob Marshall
Gênero: Fantasia /animação
Elenco: Halle Bailey, Melissa McCarthy, Javier Bardem, Jonah Hauer-King e etc.
Nota: 4,5/5
Sinopse:
Remake live action do clássico desenho animado A Pequena Sereia, de 1989, da Disney. A caçula das filhas do Rei Tritão (Javier Bardem), Ariel (Halle Bailey), é uma bela e espirituosa jovem sereia com sede de aventura. Desejando descobrir mais sobre o mundo além do mar, Ariel visita a superfície e se apaixona intensamente pelo arrojado Príncipe Eric (Jonah Hauer-King), ao salvá-lo de um naufrágio. Mas para procurá-lo em terra firme e se aproximar do príncipe humano, a sereia pede ajuda à bruxa do mar, Úrsula (Melissa McCarthy), e aceita ceder sua voz para que a feiticeira lhe dê pernas. Agora, ela terá o desafio de se comunicar com o rapaz ao experimentar a vida em terra firme, além de entrar em conflito com os valores de sua família. "A Pequena Sereia" é um conto de fadas literário escrito pelo autor dinamarquês Hans Christian Andersen, publicado pela primeira vez em 1837.
CRÍTICA
Há quase trinta e cinco anos, um filme que iria cantar e encantar a todos chegava aos cinemas do mundo todo. Estreava a amada animação "A Pequena Sereia" e cá estamos nós, contemplando a era em que a Disney continua sua saga de adaptar ao formato de live-action seus clássicos famosos. Este, em particular, desde que foi anunciado anos atrás, ganhou minha atenção e curiosidade pelo simples fato de Ariel ser uma das minhas princesas favoritas.
Posso afirmar sem grandes dúvidas que ele foi mantido o mais próximo possível do roteiro original (para minha surpresa, nem sei por que esperava algo diferente disso, rs). Talvez a mudança na etnia da protagonista, que pela primeira vez é uma jovem negra, despertou a ira do público racista (infelizmente, isso aqui era mais do que esperado por todos) que se aglomerou nas redes sociais para destilar mensagens de ódio à Disney pela decisão e, principalmente, à jovem atriz Halle Bailey, que não por acaso é um dos pontos altos dessa adaptação. Ela consegue transmitir, por hora, curiosidade e ingenuidade da Ariel da qual todos nós nos apaixonamos no passado. É um deleite em todos os momentos musicais, especialmente os protagonizados por ela, pois, para aqueles que não sabem, ela é, de fato, uma cantora e faz parte do duo Chloe x Halle com sua irmã mais velha. Elas foram descobertas e assinaram com a gravadora da nossa querida Queen B, sim, a Beyoncé.
Voltando ao filme, ele segue como esperado, em um ritmo interessante, onde a gente esquece que está dentro do cinema e só quer continuar acompanhando a história que está sendo contada. O elenco do fundo do mar também garante uma boa química, especialmente com o trio de amigos e ajudantes da Ariel em sua aventura quando ela ganha pernas rumo ao seu príncipe... Nada tira a sensação de que poderiam ter tido mais coragem e escrito um roteiro ainda mais progressista e inclusivo. Talvez eu esteja pedindo demais, mas ser filha do Tritão e responsável por um dos sete mares, além de ser uma sereia e respirar embaixo d'água e ser tão interessada pelos humanos? Podemos nos perguntar se isso seria válido, mas também podemos pensar que tudo isso não passa de uma grande metáfora, no sentido de que, já que sereias (pelo menos na maioria das culturas) não existem, os mundos distintos entre duas pessoas (representados por Ariel e o príncipe Eric na história) e suas culturas e modos de vida são capazes de impedir que se aproximem. Seria possível nesse encontro aprenderem com e apesar das diferenças? De maneira tímida e até mesmo sutil, essa releitura traz esses questionamentos e busca responder de forma tradicional ao estilo Disney.
Boa sessão!
Há quase trinta e cinco anos, um filme que iria cantar e encantar a todos chegava aos cinemas do mundo todo. Estreava a amada animação "A Pequena Sereia" e cá estamos nós, contemplando a era em que a Disney continua sua saga de adaptar ao formato de live-action seus clássicos famosos. Este, em particular, desde que foi anunciado anos atrás, ganhou minha atenção e curiosidade pelo simples fato de Ariel ser uma das minhas princesas favoritas.
Posso afirmar sem grandes dúvidas que ele foi mantido o mais próximo possível do roteiro original (para minha surpresa, nem sei por que esperava algo diferente disso, rs). Talvez a mudança na etnia da protagonista, que pela primeira vez é uma jovem negra, despertou a ira do público racista (infelizmente, isso aqui era mais do que esperado por todos) que se aglomerou nas redes sociais para destilar mensagens de ódio à Disney pela decisão e, principalmente, à jovem atriz Halle Bailey, que não por acaso é um dos pontos altos dessa adaptação. Ela consegue transmitir, por hora, curiosidade e ingenuidade da Ariel da qual todos nós nos apaixonamos no passado. É um deleite em todos os momentos musicais, especialmente os protagonizados por ela, pois, para aqueles que não sabem, ela é, de fato, uma cantora e faz parte do duo Chloe x Halle com sua irmã mais velha. Elas foram descobertas e assinaram com a gravadora da nossa querida Queen B, sim, a Beyoncé.
Voltando ao filme, ele segue como esperado, em um ritmo interessante, onde a gente esquece que está dentro do cinema e só quer continuar acompanhando a história que está sendo contada. O elenco do fundo do mar também garante uma boa química, especialmente com o trio de amigos e ajudantes da Ariel em sua aventura quando ela ganha pernas rumo ao seu príncipe... Nada tira a sensação de que poderiam ter tido mais coragem e escrito um roteiro ainda mais progressista e inclusivo. Talvez eu esteja pedindo demais, mas ser filha do Tritão e responsável por um dos sete mares, além de ser uma sereia e respirar embaixo d'água e ser tão interessada pelos humanos? Podemos nos perguntar se isso seria válido, mas também podemos pensar que tudo isso não passa de uma grande metáfora, no sentido de que, já que sereias (pelo menos na maioria das culturas) não existem, os mundos distintos entre duas pessoas (representados por Ariel e o príncipe Eric na história) e suas culturas e modos de vida são capazes de impedir que se aproximem. Seria possível nesse encontro aprenderem com e apesar das diferenças? De maneira tímida e até mesmo sutil, essa releitura traz esses questionamentos e busca responder de forma tradicional ao estilo Disney.
Boa sessão!
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