Título original: Beetlejuice Beetlejuice
Gênero: Fantasia/Terror/Comédia
Direção: Tim Burton
Elenco: Michael Keaton, Winona Ryder, Catherine O'hara, Jenna Ortega, Willem Dafoe, Justin Theroux, Monica Bellucci e Danny DeVito
Notinha: 4/5
Sinopse: A continuação direta do clássico pop Os Fantasmas se Divertem, dirigido por Tim Burton e lançado em 1988. Na nova trama, voltamos à casa em Winter River, onde três gerações da família Deetz se reúnem após uma tragédia inesperada. Lydia Deetz (Winona Ryder), agora adulta, é mãe da adolescente Astrid (Jenna Ortega). A jovem introvertida, ao explorar o sótão da antiga casa, descobre a misteriosa maquete da cidade e, inadvertidamente, reabre o portal para o mundo dos mortos. Esse ato inesperado traz de volta o excêntrico fantasma Beetlejuice (Michael Keaton), que, mais uma vez, transforma a vida dos Deetz em um verdadeiro caos. Com seu humor peculiar e seu estilo único, Beetlejuice promete causar novas confusões, misturando o mundo dos vivos e dos mortos de uma forma que só ele sabe fazer.
CRÍTICA
Clássicos devem permanecer intocados? Ou continuações, remakes e reboots são territórios sensíveis demais mas sempre vias possíveis? Eis alguns dos questionamentos que a classe cinéfila está sempre se fazendo, porque cada vez que nos deparamos com situações desse tipo. Eu sou da opinião que depende, sempre vai depender de cada caso e neste em particular muito me alegrou quando foi anunciado que retornariam ao universo que tornou o Tim Burton o ícone gótico que ele é. Mais de trinta anos depois, toda uma geração tem a oportunidade de voltar aos personagens que tanto gostou e novas gerações conhecer, prato cheio o convite! Revi o clássico dos anos 80, só para não perder a referências e ainda me arrancou risos pelos absurdos e bizarrices inclusive recomendo fortemente aos que nunca viram que vão ver.
No novo filme temos a nossa Lydia (Winona Ryder) adulta e mãe de uma adolescente Astrid (Jenna Ortega) que lembra bastante sua versão mais jovem, introvertida e revoltada e até os motivos dela soarão parecidos com os do passado...percebo uma esforço louvável em honrar a estética, o roteiro e até o vestuário para que fosse possível propor uma atualização afinal são décadas depois, estamos na era digital então foi feito uso disso também mas o de manter forte a conexão com o filme anterior. Isso me parece muito inteligente, nostálgico como um afago para os fãs mais antigos e um lembrete aos novos de que são bem vindos a explorar e conhecer que não irão se arrepender.
Os novos personagens são muito interessantes, trazem frescor a história atual mas também caos e desordem, meu destaque vai para a Dolores (Monica Bellucci) que segue com a fonte da juventude em dia, bela e aqui misteriosa. Tem cenas bem feitas que ouso dizer que melhores ainda com o suporte das tecnologias atuais. O já conhecido por personagens estranhos e poucos óbvios do ator Willem Dafoe dá vida a um personagem do além com excelentes metalinguagens num roteiro que busca mesmo se atualizar no tempo sem deixar de lado o estilo previamente imposto. Fiquem atentos porque foi um show a parte aqui!
O Michael Keaton retorna mais uma vez pra dar vida ao fantasma/demônio mais sem escrúpulos e engraçado conseguindo nos fazer sentir com sua interpretação como se o tempo nem tivesse passado tanto, ele se diverte com suas falas e interações com os velhos e novos personagens é bem orgânica. É uma diversão extra esse aspecto!
É um deleite para todos desejam explorar uma vez mais o estranho fazendo o feat perfeito com a comedia do absurdo, todos no elenco parecem comprometidos em entregar boas performances reconhecendo a importância que essa película teve na carreira do diretor Tim Burton.
Esse filme é também uma celebração do incomum e de como Hollywood ás vezes acerta quando aponta para um projeto esquecido no passado.
Beetlejuice Beetlejuice Beetlejuice!!!
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